Que pensar então dos rapazes que passam os mais belos anos da vida em sonhar, quando seria mister estudar e agir; que estiolam os sentidos em sonhos e debilitam a vontade na inação quando deveriam, por meio de esforços contínuos e adaptados às exigências da situação de estudantes, fortificar a vontade e arregimentar sob o seu comando todas as forças indisciplinadas do seu ser? Sem dúvida, esses preguiçosos cumprem ainda algumas vezes os deveres religiosos, mas fazem-no como egoístas. Tomam da religião tudo o que pode impedir da morte, mas nada do que dá a vida. E apenas muito poucos se preocupam com os deveres religiosos. Pouco a pouco, sob a influência dissolvente de uma preguiça que se expande em sonhos ridículos, torna-se impossível evitar o abandono aos instintos fisiológicos excitados pelos sonhos, eis a força da inércia. São apenas capazes de beber e divertir-se e recomeça ou continua o círculo vicioso de uma vida alternada entre a realidade mais insossa e os sonhos mais ocos, sem preocupação com o dom de si, ou com educar o coração.
Ficha Técnica:
ISBN: 9786588257180
Editora: Calvariae Editorial
Dimensões: 14.00 x 21.00 cm
Idioma: Português
Páginas: 212