A questão do livre arbítrio pode ser encarada sob dois aspectos: teológico e filosófico, como um dogma de fé, firmado pela infalibilidade da palavra divina, como uma certeza científica baseada numa demonstração racional.
Para nós católicos, o conhecimento da liberdade nos advém de dois focos de luz diversos, mas convergentes. Se consultamos as fontes da revelação, encontramos nelas explicitamente o ensino da existência em nós de um livre alvedrio que fundamenta a responsabilidade da nossa vida moral. Na Escritura são inúmeros os textos em que se baseia a Doutrina Católica.
O justo é louvado e premiado, porque, podendo transgredir a lei, não transgrediu: erit illi gloria aeterna qui cum poterit transgredi, non est transgressus . Nós seremos julgados pelas nossas ações; a felicidade do céu é-nos representada como uma coroa devida à justiça.
Contra os protestantes, a Igreja teve ensejo de declarar, no magistério solene de uma definição conciliar, que o homem goza, da liberdade para cooperar com a ação da graça. Prescindindo, porém, dos ensinamentos inconcussos da fé, podemos estudar a questão do livre arbítrio, no campo puramente científico e filosófico, lançando mãos de argumentos puramente racionais.
Como muitas vezes os adversários que encontramos não nos permitem, o manejo de outras armas, é este o termo em que nos colocamos hoje. Não justificaremos um dogma no campo da Teologia Católica; provaremos uma tese racional no domínio da filosofia e da ciência.
Ficha Técnica:
ISBN: 9786588257050
Editora: Calvariae Editorial
Dimensões: 14 x 21 cm
Idioma: Português
Páginas: 368