Dentre os padres pregadores de Santo Domingos, Sertillanges é considerado um dos mais ativos e influentes filósofos neotomistas do século XX. Conhecido pela forma clara de exposição, e também pela elegância na escrita, tratou de questões concernentes aos grandes problemas teológicos e morais de seu tempo. Foi professor de filosofia do Instituto Católico de Paris (1900) e de teologia na Escola Bíblia de Jerusalém (1923), além de ter lecionado nas escolas dos dominicanos na Holanda e na Bélgica (1924-1928).
"A história de toda instituição é como uma página branca tarjada de preto; precede-a o nada de si e outro nada segue-a; porque tudo morre. Só a Igreja não somente não morre, mas, em certo sentido, não nasceu; porquanto, se ela é uma realidade temporal, tendo uma história, é também uma realidade extratemporal, em razão de não passar a sua história de uma espécie de símbolo. Símbolo real, símbolo que é uma parte da sua realidade, mas que se acha transcendido por uma realidade mais alta, pertencente ao mundo do espírito e roçando pelo tempo apenas com a ponta das asas. Aliás, essas asas são tão largas de envergadura que envolvem todo o tempo, à feição do Espírito criador, de quem a Igreja é uma emanação direta.
Tal é a primeira noção a penetrar quando se quer falar corretamente dos antecedentes da Igreja.
É que, para o católico, a Igreja não é uma instituição particular, como haveria outras ao lado, antes ou depois: é uma instituição universal, que chama a si e que a si subordina realmente toda a raça, no intuito de, por Cristo, Homem universal, uni-la a Deus que habita em Cristo e que se fez homem n Ele, a fim de que por Ele o homem suba e tenha acesso a Deus".
Especificações técnicas:
Autor: A.D. Sertillanges;
Capa: Brochura;
Número de páginas : 196;
Peso: 178g;
Dimensões: 12.50 x 17.50 cm;
Editora: Ecclesiae;